Açudes no Sertão recebem água, mas Boqueirão segue baixo, em estado de atenção
Açudes do Sertão aumentaram o volume após as chuvas registradas no fim de semana na Paraíba, no entanto a situação no açude Boqueirão, que abastece a região de Campina Grande, continua crítica.
De acordo com informações do meteorologista Alexandre Magno, da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), dois açudes do Sertão tiveram recarga notificada pela agência. Foram os açudes de Mãe D'água, na região de Coremas, que teve uma recarga de 5 centímetros e o Engenheiro Ávidos, na Região de Cajazeiras, com aumento registrado de 3 centímetros.
Outro açude que deve ter recarga, mas que só será notificado nesta terça-feira (24) é o São Gonçalo, na região de Sousa, também no Sertão. Alexandre Magno disse que esse possível aumento no aporte do açude se deve aos 86,4 milímetros de chuva registrados na região de Sousa nesse fim de semana.
Mesmo com as chuvas registradas desde o início do ano na região de Campina Grande, o volume do açude Boqueirão continua sem alterações, ou seja, permanece com cerca de 20% da capacidade, o que faz com que o esquema de racionamento continue e a previsão de uso do volume morto do manancial permaneça para novembro.
Racionamento em Campina
De acordo com Simão Almeida, gerente regional da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), região da Borborema, mesmo com os 4,8 milhões metros cúbicos recebidos com as chuvas de fevereiro, o manancial continua com nível estável porque essa quantidade representa o consumo de 25 dias das localidades abastecidas pelas duas adutoras do sistema.
Ele explicou que a adutora Epitácio Pessoa (Boqueirão) abastece oito cidades, entre elas Campina Grande e mais três distritos. Já o Sistema Cariri abastece dez cidades e um distrito. Essas áreas estão sofrendo racionamento desde o dia 6 de dezembro. A população não tem água nas torneiras por 36 horas, ou seja, o fornecimento é interrompido nos sábados a partir das 17 horas e só retorna às 5 horas da manhã das segundas-feiras.
Economia e resultados
Simão Almeida explicou que o racionamento representou uma economia de 18,57% em dezembro, de 16% em janeiro e de 20,5% em fevereiro. Ele foi planejado para que, se não houver recarga, somente em novembro o açude atinja o volume morto. "Temos uma captação de 1.008 litros por segundo e se chegarmos a ter que usar o volume morto, passaremos à retirada de 812 litros por segundo, através de captação flutuante".
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