ALERTA: 80% da população de Campina e região pode contrair a Covid-19


Um estudo objetivo, apresentado pelo médico infectologista, Rodolpho Dantas, durante a videoconferência que o prefeito, Romero Rodrigues (PSD), realizou neste sábado (28), com o setor comercial e representantes do Ministério Público Estadual (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), foi decisivo para que o grupo admitisse o risco sobre qualquer nível de relaxamento nas medidas adotadas até o momento na cidade e região.
Batizado de “A matemática da Covid-19 em Campina Grande e o distanciamento social”, o relatório do infectologista, destaca os seguintes pontos:
– Grande Campina possui uma população de 1.200.000.
– Caso as medidas sejam interrompidas, 80% da população vai adquirir a doença: 960.000 pessoas;
– 50% dos casos são assintomáticos e 50% vão manifestar a doença: 480.000 pessoas doentes;
– 80% das pessoas vão ter formas leves a moderadas e 20% vão necessitar internações: 96.000 pessoas internadas, sendo 19.200 em UTI e 76.800 em enfermaria;
– Se cada pessoa ficar internada 7 dias em enfermaria, seriam necessários 5.973 leitos só para Covid-19, sem contar com as outras doenças (infartos, pneumonias, dengues…)
– Se cada pessoa ficar internada 10 dias na UTI necessitaríamos 2.133 leitos;
– Mesmo com todos esses leitos ainda teríamos 1920 mortes esperadas;
– Hoje, Campina Grande dispõe de 150 leitos de UTI (público e privado). Antes, nos dois setores eram 89 para UTI e 168 de internamento, o que significa que nesse cenário morreriam 8.010 pessoas por falta de UTI e 61.680 pessoas por falta de leitos de enfermaria, ou seja, 69.690.
Se forem mantidas as medidas de distanciamento social
– Campina Grande continua com 1,2 milhão de pessoas. Porém, com as medidas em curso, 65% da população vai adquirir a doença – ou seja, 780 mil.
– 50% dos casos assintomáticos e 50% sintomáticos: neste cenário 390 mil pessoas adoeceriam. 20% (78 mil pacientes) vão precisar de internamento, sendo 15,6 mil na UTI e 62,4 mil em enfermarias. 1.560 pessoas morreriam da doença.
– Mesmo assim, 2.100 morreriam por falta de UTI e 48.900 por falta de enfermaria. No total 60.000.
– Fechar o comércio por mais 14 dias e incentivar a adesão salvaria, pelo menos, 9.690 vidas na Grande Campina.
E o que a Prefeitura está fazendo para salvar essas 60 mil vidas?
– Ao otimizar os processos no serviço público, consegue-se diminuir vários tempos: de espera por exame, de limpeza do leito e de retirada do corpo, em caso de óbito esperamos aumentar nossos leitos “virtualmente” em 15%;
– Já está em estudos o melhor lugar para instalar um hospital de campanha para diminuir esse déficit de 390 leitos. Como são leitos de menor densidade tecnológica, necessitará principalmente de oxigênio.
– Massificando os testes

Com Heleno Lima

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