A história dos migrantes
nordestinos, que viajaram juntos do sertão da Paraíba
para buscar uma vida melhor
em São Paulo é agora
um caso de morte, polícia,
júri, teses e debates sobre
violência doméstica e feminicídio.
Ainda há muito o que
ser investigado sobre os
últimos instantes e o que
de fato aconteceu entre os
jovens Edivam Celestino
de Oliveira, de 30 anos e
Edilma Santos Barbosa, de
26. Após ouvir uma briga
do casal os vizinhos chamaram
a polícia, que encontrou
a esposa morta e o
marido gravemente ferido.
Fatos e versões-A princípio temos ao
menos dois lados da mesma
história: defesa e acusação.
Cada um, mesmo que
baseados em legítimos laudos,
perícias e na provável
reconstituição da cena do
crime, produzem versões
tão opostas como óleo e
água.
Além das teses da acusação
e da defesa a todo
instante surgem novas versões,
fofocas, resenhas e
desfechos para o caso.
Pacato cidadão-De acordo com o advogado
Paulo Chaves, o
indiciado estava em um
dia normal de sua rotina.
Acordou cedo foi trabalhar
e estava de volta a sua casa
apenas para almoçar. Ainda
de acordo com a defesa,
o acusado não tem nenhuma
passagem pela polícia,
registro de violência e também
não há registro de nenhuma
queixa por parte da
vítima. Edivan presta serviço
em uma contratada da
secretaria de serviços públicos
da Prefeitura.
Não procede-“Tem muita coisa que
não foi O Edivam que disse.
Até porque a gravidade
do ferimento na garganta
o impede de falar. Quando
estiver recuperado ele vai
responder a todas as perguntas,
seja para a delegada
ou em juízo. Já fez esta solicitação
formalmente”.
Júri popular-A decisão sobre o caso
caberá a um Júri Popular,
previsto para um único
conjunto de crimes, que são
os crimes dolosos contra a
vida, sejam eles tentados ou
consumados. Na prática,
são os crimes intencionais
de homicídio, infanticídio, aborto ou participação em
suicídio.
Composição do Júri-Cada vara criminal possui
uma lista de pessoas da
sociedade civil que podem
fazer parte do sorteio de
participação do júri popular.
Se você está com suas obrigações
eleitorais e militares
em dia, por exemplo, pode
ser indicado para a lista.
Quando há um Júri Popular
prestes a ser realizado,
representantes do Ministério
Público, da OAB
e da Defensoria Pública se
reúnem para assistir ao sorteio
de 25 pessoas e garantir
a imparcialidade na seleção.
A jovem Edilma, foi sepultada nesta sexta-feira(31), em Assunção-PB, apesar de estarrecida a população, apenas manifesta solidariedade,
enquanto procura
saber, de fato, o que verdadeiramente
aconteceu. Foi
neste clima que os familiares
de Edivam e Edilma participaram
da despedida.
Quem desferiu o
primeiro golpe?
O que de fato
motivou a briga?
Feminicídio, ou
legítima defesa?
Crime passional
ou premeditado?
Redação com Acontece
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