Zé Roberto tira camisa e se apresenta como garotão: "Jogo até os 45"



“Vou tirar a camiseta porque, após os 30, falam que jogador está no final da carreira.” Foi assim que Zé Roberto se apresentou ao Palmeiras. O meio-campista de 40 anos é a mais renomada das oito contratações anunciadas pelo clube e, antes de vestir a camisa 11 entregue pelo diretor de futebol Alexandre Mattos nesta quinta-feira, fez questão de mostrar estar bem fisicamente.
“Deu para perceber que estou com 40, mas muitos me dão 28, 30, 32. Isso é bom. Com certeza, eu me sinto um garotão, mesmo com a idade que tenho”, indicou o veterano, que assinou com o Verdão até 31 de dezembro, mas ainda está longe de se aposentar. “Com 40 anos e essa trajetória, concluo que devo parar com 45, para não dizer 50. Sem dúvida, posso jogar em alto nível mais dois anos.”
Zé Roberto é tido como exemplo não só por experiência, mas pelo profissionalismo, refletido em uma trajetória quase sem lesões. O veterano conta que, nas quatro semanas que teve férias, passou as duas últimas treinando com um preparador físico alemão que o acompanha desde quando atuava na Europa. Seu segredo, segundo ele, é ter entendido o corpo como instrumento de trabalho e, por isso, passou a cuidar bem dele.
“Venho muito motivado porque os melhores momentos da carreira vieram depois dos 30 anos de idade. Não foi meu currículo que me trouxe ao Palmeiras, foi o meu presente”, disse o jogador, que completará 41 anos de idade em julho.
“Depois dos 30, fiquei entre os 23 melhores da seleção da Fifa da Copa de 2006, fui campeão e eleito o melhor jogador do Paulista de 2007, fiz uma grande temporada na Libertadores daquele ano, voltei a jogar no Bayern de Munique, um dos maiores clubes do mundo e, pelo Grêmio, quando fui muito questionado pela idade, fui eleito melhor meia do Brasileiro de 2012 e o melhor lateral esquerdo em 2014, uma posição que exige mais”, lembrou.
“Sempre projetei jogar com idade mais avançada, como jogou o volante Fernando, que passou pelo Palmeiras e pelo Santo André, pelo Júnior, que jogou no Flamengo, o Romário. São jogadores que, quando adolescente, vi que tiveram carreira longa e me coloquei nesse patamar”, indicou, motivado por continuar provando que, ao contrário do que se pensa no Brasil, chegar aos 30 anos de idade não é se aproximar da aposentadoria.
“Motiva chegar aos 40 com a carreira consolidada e uma carreira vasta de títulos em vários clubes. Não sei quando vou parar, mas estou deixando um legado importante para a juventude que está iniciando a carreira”, falou o meio-campista, que já disputou duas Copas do Mundo e acumula mais de 15 títulos como profissional.
William CorreiaSão Paulo (SP)
DIÁRIO DO CARIRI

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