PB terá mais de 7,6 mil novos casos de câncer



Uma doença que assusta, definha e mata. É assim que muitos enxergam o câncer, que apesar de tudo pode ter cura, desde que seja diagnosticado precocemente e tratado de forma adequada. Desde o início deste ano até o final de 2015, aproximadamente 7.620 paraibanos não conseguirão escapar da doença e farão parte das estimativas de novos casos contabilizados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
No ranking do instituto sobre as cinco variações da doença que mais atingem a população paraibana, a próstata e a mama são os locais de maior incidência por sexo específico. As estimativas mostram que até dezembro do próximo ano, 930 homens serão diagnosticados com câncer de próstata, uma taxa bruta de 49,45 por 100 mil habitantes e 750 mulheres com câncer de mama (37,62 por 100 mil/hab).
A terceira colocação de câncer mais frequente na Paraíba também é própria do grupo feminino, já que 290 mulheres chegarão ao final do próximo ano com o diagnóstico de câncer de colo do útero, ou seja, uma média de 14,43 por 100 mil/hab. Em seguida, surgem outros tipos de câncer que atingem homens e mulheres simultaneamente, como nos órgãos ligados ao sistema respiratório.
Juntos, traqueia, brônquio e pulmão, ocupam o quarto lugar na escala de cânceres mais comuns e serão responsáveis por 280 registros de novos casos no Estado, no mesmo período, acometendo homens e mulheres. Também sem fazer a distinção de sexo, os cânceres do cólon e reto vão somar 230 novos pacientes com a doença.
A agricultora Margarida Augusta, 55 anos, mora em Sapé, mas há 4 anos se desloca para o Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, onde se trata de um câncer de mama. “Um dia percebi que minha mama direita estava diferente da outra, tinha uns nódulos. Fui ao médico e recebi o diagnóstico. Foi muito difícil aceitar, mas encarei e iniciei o tratamento, onde retirei a mama, fiz quimioterapia e radioterapia. Hoje estou curada, apenas faço uso de alguns medicamentos só para concluir o tratamento”, declarou.
Embora não esteja entre os tipos de câncer mais comuns na Paraíba, o na região da boca acometeu os aposentados Tereza Maria, 79 anos, do município de Araruna, e Luís Fortunato, 67 anos, de Santa Rita. Ela, foi detectada com câncer de boca e ele, de língua. Ambos ainda estão fazendo quimioterapia e atribuem o surgimento da doença ao consumo do cigarro.
SES
Pensando na prevenção como principal arma de combate aos diversos tipos de câncer, tanto para notificação de novos casos, como tratamento para evitar o número de óbitos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem utilizado estratégicas de conscientização por meio de campanhas educativas, segundo a enfermeira do Registro de Câncer do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da pasta, Vanja Lemos.
“Para alertar sobre o câncer de modo geral, realizamos anualmente ações no dia 27 de novembro, que é o Dia Nacional de Combate ao Câncer, onde trabalhamos com a conscientização sobre a doença para as gerências de saúde, que trabalham com os municípios, que por sua vez alcançam os profissionais da atenção básica. Estes, incluem em suas falas à população as orientações para doenças não transmissíveis, como o câncer, por meio do autoexame e consultas periódicas, por exemplo”, afirmou.
Vanja Lemos lembrou que a SES ainda realiza ações específicas para os principais tipos de câncer que mais atingem os paraibanos, como o de próstata e o de mama, com as campanhas 'Outubro Rosa' e 'Novembro Azul'. “Não deixando de alertar para outras variações da doença quando desenvolvemos campanhas em datas pontuais, como de alerta e prevenção ao tabagismo, diabetes, hipertensão e o câncer, que são doenças crônicas de agravos não transmissíveis”, frisou.
TRATAMENTO
Os pacientes com câncer podem contar com um Centro de Alta Complexidade do Tratamento Oncológico (Cacon) no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, e no Instituto de Hematologia e Hemoterapia Dr. Gilson Guedes, que apesar de privado, atende pacientes encaminhados pelo SUS. Já em Campina, o serviço é oferecido no Hospital Universitário Alcides Carneiro e no Hospital da FAP, que são unidades de apoio.

jornal da PB

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