Cientistas não arriscam previsão, mas alertam que 2017 pode ser de seca na PB; vídeo
Seminário “A Crise Hídrica no Semiárido Paraibano” foi aberto às 9h, pelo conselheiro Arthur Cunha Lima, no Auditório Celso Furtado, do Centro Cultural Ariano Suassuna
Dirigentes de organismos públicos, integrantes de quadros técnicos estaduais e municipais, pessoas vinculadas à área da meteorologia e aos meios acadêmicos acompanham, desde a manhã desta quinta-feira (1º), a exposição e debate de temas atinentes a um dos mais danosos períodos de seca já enfrentados pelos habitantes do Nordeste.
Todos compõem a plateia do Seminário “A Crise Hídrica no Semiárido Paraibano”, aberto às 9 horas, pelo presidente do Tribunal de Contas da Paraíba, conselheiro Arthur Cunha Lima, no Auditório Celso Furtado, do Centro Cultural Ariano Suassuna, pertencente à Corte.
Ali, nomes de expressão regional e nacional – entre eles estudiosos das mudanças climáticas e da gestão dos recursos hídricos – buscam respostas e caminhos para a melhor solução dos problemas decorrentes da longa estiagem.
“Precisamos visualizar alternativas e apontar soluções. Temos o dever, antes de mais nada, de descortinar a realidade da política de recursos hídricos que assume dimensão de prioridade absoluta para a sobrevivência do próprio Estado da Paraíba”, comentou o presidente do TCE, na saudação aos expositores e ao público.
Ele fez ver que assuntos dessa ordem não fogem à competência da Corte que preside. “Estamos falando de um avanço na atuação dos Tribunais de Contas que delineiam o aperfeiçoamento da gestão pública. A sociedade pode avaliar, agora, não só a quantidade, mas a eficácia dos gastos governamentais, explicou.
Em seguida, mencionou a realização, pelo TCE, de auditorias operacionais úteis ao aprimoramento de obras e serviços públicos nas áreas da saúde, educação, saneamento, meio ambiente, mobilidade urbana e engenharia de irrigação.
Coordenador da Escola de Contas Conselheiro Otacílio Silveira (Ecosil), órgão do TCE responsável pelo Seminário, o conselheiro Marcos Costa citou a canção de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, “Vozes da Seca”, na saudação aos participantes e aos representantes das universidades parceiras: a UFPB, a UFCG e a UEPB.
Lembrou que, ao assumir a coordenação da Ecosil, a discussão da seca e seus problemas já havia sido idealizada pelo conselheiro Fernando Catão. E prosseguiu: “Seguindo o curso do planejado e completada a equipe com os professores Heber Pimentel e Sérgio Góis, como consultores científicos informais, passou-se ao momento seguinte: a escolha e convites aos mais renomados e qualificados especialistas nas questões agora debatidas”.
Contou, ainda: “Decidimos que as conclusões retiradas deste evento deverão constar em documento que servirá de subsídio ao desejo do Tribunal de Contas, dos jurisdicionados e da sociedade em geral quanto à formulação de políticas públicas atinentes ao problema”.
O corregedor do TCE, conselheiro Fernando Catão, foi o terceiro a falar, e agradeceu pelos apoios à ideia do Seminário recebidos do presidente Arthur Cunha Lima, de seus pares e da equipe de técnicos e servidores da Casa. E enfatizou o pronto atendimento ao convite feito aos expositores, em curto espaço de tempo.
Sua fala introduziu a apresentação de um filme que expõe, com minúcias, a penúria de terras áridas, a má gestão dos recursos hídricos e a situação alarmante dos reservatórios e leitos de rios.
Com formação profissional na área de engenharia, o conselheiro Catão falou, ainda, com a experiência de quem já coordenou três auditorias operacionais do TCE em reservatórios, no sistema de abastecimento d’água de João Pessoa e no Projeto de Irrigação das Várzeas de Sousa (Pivas). Ele enxerga, a propósito, a similitude de problemas no Pivas e nas obras e propósitos relacionados à transposição do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional.
Com Correio
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