Como vai a família do ditador que bancou o carnaval deste ano da escola de samba Beija-Flor

Notícia fresquinha sobre o general Teodoro Obiang, ditador da Guiné Equatorial, país africano, e patrocinador do carnaval mais recente e vitorioso da escola de samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro.

Obiang e o filho dele, Teodorin Nguema, assistiram ao desfile da Beija-Flor no Sambódramo. Os dois são donos de um apartamento em Ipanema.

O empresário italiano Roberto Berardi associou-se à família do ditador para fazer negócios na Guiné. Há dois anos, foi preso e condenado por lá acusado de ter passado a perna no filho do ditador.

Ficou 16 meses em isolamento. E no dia em que deveria ter sido solto, não foi. O filho do ditador acusa Berardi de ter lhe roubado quase dois milhões de dólares.Os dois haviam montado uma empresa. Berardi era dono de 40% das ações dela. Um dia descobriu que fora roubado pelo sócio. Na Justiça do país presidido pelo pai, o filho ganhou a questão.

A empresa foi utilizada por Teodorin para desviar dinheiro para contas privadas nos Estados Unidos, onde foi acusado judicialmente de desvio de fundos do Estado e de práticas criminosas.

Em julho do ano passado, a Human Rights Watch, entendade de direitos humanos, denunciou que Berardi estava preso para não revelar informações secretas sobre o regime da Guiné.

Naquela altura ainda corria nos EUA um processo judicial contra o filho do ditador – o primeiro processo judicial aberto pelo Departamento de Justiça norte-americano contra o familiar de um chefe de Estado em exercício.

O governo italiano está empenhado em libertar Berardi.

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