STF nega liberdade a suspeito de integrar máfia dos ingressos da Copa


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta terça-feira (25) decisão anterior do ministro Marco Aurélio Mello que havia concedido liberdade a Raymond Whelan, executivo da Match Services suspeito de integrar uma máfia internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.

Ele havia sido preso no dia 14 de julho, mas foi liberado em 5 de agosto sob o argumento de que passou por “constrangimento ilegal”. Na época, Marco Aurélio argumentou que a Copa já havia acabado e não havia motivo para a manutenção da prisão.


Liberto, Whelan conseguiu permissão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para passar três meses na Inglaterra. Segundo a defesa, ele atualmente está na cidade de Liverpool.

No julgamento desta terça, Marco Aurélio votou a favor da manutenção da liberdade, mas foi vencido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber, que entenderam que uma decisão definitiva do STF só é possível após a resolução do caso pelas instâncias inferiores, no próprio TJ-RJ e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Mesmo com a liberdade negada no Brasil, os ministros entenderam que ele poderá ficar livre na Inglaterra até o fim do período de 3 meses permitido pela Justiça fluminense. A defesa disse que ele pretende retornar ao Brasil no fim do prazo; se isso ocorrer, ele poderá ser preso logo na chegada.

A Match foi a única empresa autorizada pela Fifa para a venda de pacotes de ingressos e camarotes da Copa no Brasil, e Whelan é suspeito de ter facilitado a obtenção dos ingressos por parte de criminosos.

De acordo com a polícia, escutas telefônicas apontaram que o esquema ilegal era operado pelo argelino Mohamed Lamíne Fofana, que tinha como contato Raymond Whelan. Segundo as investigações, três empresas de turismo localizadas em Copacabana, interditadas por policiais, faziam contato com agências de turismo que traziam turistas ao país e vendiam ingressos acima do preço.

Eram ingressos VIPs, fornecidos como cortesia a patrocinadores, a Organizações Não Governamentais (ONGs) e também destinados à comissão técnica da Seleção Brasileira. Desde bilhetes de camarotes até entradas de assentos superiores. Uma entrada para a final da Copa no Maracanã chegava a custar R$ 35 mil e a quadrilha chegava a faturar mais de R$ 1 milhão por jogo.

G1.

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